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A governança corporativa deve ser repensada, ressignificada e ampliada para responder aos desafios impostos pela agenda ESG

Por Mauro Carrusca

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Revista Inforuso especial de 40 anos traz matéria assinada por Mauro Carrusca


Na matemática, umas das maneiras de demonstração de um teorema é a “demonstração indireta por redução ao absurdo”, que consiste em demonstrar, usando as regras de inferência e as regras de equivalência, que a falsidade da afirmação produziria um absurdo.

Relembro essa regra para mostrar que às vezes é mais fácil entender um conceito mostrando o que NÃO faz parte do conceito em questão.

Para entender o conceito ESG é fundamental compreender que não se trata de abraçar árvores, não é assistencialismo ou filantropia, não é caro e complicado e, principalmente, não pode ser um “faz de conta” (ESG washing), pois isso é um grande risco para o negócio, para a sociedade e para o planeta.

ESG é algo maior e tem a ver até com a reconexão com o propósito da empresa, com seu modelo de negócio e proposta de valor no contexto atual.

Neste artigo, mostro a importância de repensar os princípios da gestão e da governança corporativa para que ela represente o pilar “G”, do acrônimo ESG.

A revolução digital mudou consideravelmente a nossa maneira de viver, trabalhar, relacionar e ver o mundo. O comportamento das pessoas, seja na situação de líderes, gestores, colaboradores, consumidores ou cidadãos – empoderados pela tecnologia -, está exigindo um novo entendimento, assim como posturas, relações e ações concretas por parte das organizações.

Tudo mudou, não dá mais para usar modelos antigos. Portanto, o conceito de governança também precisa ser repensado, reenquadrado e, sem dúvida, ampliado para refletir uma maior transparência das organizações. Precisamos de uma governança que dialogue com uma gestão mais horizontal e que ajude a promover justiça social, equidade, diversidade e inclusão, que abranja a agenda ESG de forma transversal.

Nesse movimento, é preciso também repensar a cultura organizacional, pois ela deve ser realinhada para uma cultura da inovação que abrace também essas práticas. Pois, cultura é o que garante a consistência. Não é sobre o que fazemos, mas sobre o que deixamos de fazer.

Clique neste link para ler na íntegra o artigo publicado na edição especial de 40 anos da Revista Inforuso

#ESG #governançacorporativa #governançacolaborativa #culturadeinovação

Vem aí o 4º Congresso Brasileiro de Governança, Fiscalização, Competitividade e Sustentabilidade nas áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências. Organizado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e pela Associação dos Profissionais de Engenharia Ambiental do Espírito Santo (Apea-ES), o evento tratará de temas como o ESG na Engenharia, compliance, proteção de dados e governança sustentável.

O objetivo é atualizar os profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua sobre a necessidade de implementação desses conceitos e cuidados na execução de ações fiscalizadoras institucionais.

Mauro Carrusca, estrategista de inovação e ESG, fará a abertura do Congresso com a palestra “Inovação Colaborativa impulsionando a governança, o ponto “G” do ESG. Para o estrategista, diversidade, inclusão e colaboração são alavancas para a promoção de uma cultura aberta aos princípios ESG.

O Congresso acontece entre os dias 30 de novembro e 04 de dezembro, no Centro de Convenções de Vitória.

Os profissionais interessados podem fazer a inscrição pelo site congressobrasileiro.eng.br.

Clique AQUI e confira a programação completa. 

O Leilão 5G abriu novas e importantes perspectivas para impulsionar vários setores e também impactar a agenda ESG no país. Conectividade, streaming, telemedicina, veículos autônomos… tudo muda com o 5G. Mas, antes de mais nada é preciso que fique claro que o 5G não é uma evolução do 4G. É uma nova tecnologia que vai impulsionar de vez a conectividade no Brasil. Veja abaixo por que.

Vamos entender melhor

Na nomenclatura XG, esse “G” é de geração e, quando se trata de tecnologia, isso evolui muito rápido. Veja que no início dos anos 2000 foi lançada a terceira geração de rede móvel (3G) que, em 2018, atingiu uma velocidade média de pouco acima de 8,82 Mb/s . Hoje essa rede cobre praticamente todo território nacional, de acordo com a ANATEL. 

10 anos depois já era lançada a geração 4G (rede LTE – Long Term Evolution), que melhorou principalmente a velocidade de conexão e o tráfego de dados. Isso permitiu, por exemplo, assistir vídeos em tempo real nos celulares. Para se ter uma ideia dessa evolução, a velocidade da rede 4G é mais que 2 vezes à da 3G, atingindo uma média de 19,8 Mb/s. Segundo o Ministério das comunicações, já em julho/21 teremos a disponibilidade (nas capitais) da quinta geração de rede móvel, ou 5G.

O 5G significa um salto exponencial

Repetindo, o 5G não é uma evolução do 4G e o salto será exponencial, pois essa tecnologia entrega uma velocidade de conexão 100 vezes maior que o 4G. Ou seja, saltamos de 19,8 Mb/s para 10 Gb/s (cada Gigabit/s corresponde a 125 Megabytes/s).

E não é somente a velocidade que será impactada. O 5G permitirá também uma maior capacidade de banda larga, mais dispositivos conectados ao mesmo tempo (show para IoT!), utilização de streaming com alta qualidade, menor tempo de latência (também conhecida como Ping).

Com isso, as conexões de baixa latência vão permitir inúmeras possibilidades. Além de um tempo de respostas em tempo real, traz benefícios para a telemedicina, fones de ouvidos, óculos de realidade aumentada, movimento instantâneo de um sistema de direção automática e comunicações entre carros autônomos (tanto carros comuns como veículos autônomos destinados ao agronegócio), serviços de inteligência artificial e nuvem, entre outros.

Entre todos os setores da economia que serão beneficiados por essa tecnologia, o agronegócio, sem nenhuma dúvida, é um dos principais e está rindo à toa. Um segmento fundamental da economia brasileira terá agora um mundo de oportunidades para o “agronegócio de precisão” e a possibilidade de consolidar o Brasil como o “restaurante do mundo”.

Números significativos foram obtidos no leilão – mais de R$ 47 bilhões arrecadados -, sendo que aproximadamente R$ 40 bilhões serão revertidos em investimentos para ampliar a infraestrutura de conectividade no Brasil.

E mais…

Em pleno hype do ESG, que convida as empresas a melhores práticas em três pilares: preocupações ambientais, responsabilidade social e uma governança com destaque especial para práticas mais transparentes, esse leilão significa impulsionar o desenvolvimento econômico do setor do agro pelo avanço na conectividade, geração de empregos, impostos e, principalmente, a inclusão digital que, por sua vez, tem tudo a ver com pilar social do ESG.

Uma das tecnologias que mais se beneficiarão com o 5G é a IoT (Internet das Coisas). Recomendo a leitura do artigo 7 Ways the IoT Makes Farming More Precise que mostra como essa tecnologia pode consolidar a agricultura e a pecuária de precisão. 

Mauro Carrusca é estrategista de inovação e empreendedorismo e CEO da KER Innovation.

É Engenheiro Eletrônico, Professor e Especialista em Inovação e Empreendedorismo pela Babson College – USA.
Conselheiro de Empresas em Estratégia de Inovação e Visão de Futuro. Estrategista em ESG através da inovação colaborativa. Foi executivo e consultor da IBM – USA (Silicon
Valley) e IBM Brasil. CEO e founder da KER Innovation. Atua como Vice-presidente de AgTech da SUCESU Minas, membro do Conselho de Inovação da ACMINAS e do Conselho de
Presidentes MG e consultor da FGV. Idealizador da Plataforma KER – modelo de gestão colaborativo. Um dos realizadores do movimento de inovação aberta IDEAS FOR MILK da EMBRAPA. Idealizado do 1º coletor de dados nacional. Palestrante em eventos nacionais e internacionais.
Coautor do livro “Pinceladas de Inovação”.

Como a inovação colaborativa e as tecnologias emergentes podem impulsionar a adoção da agenda ESG no agronegócio? Esse é o tema que será discutido por Mauro Carrusca no AgroFuture Summit. O evento está sendo promovido pelo Sistema Faemg, Sebrae-MG e Governo de Minas Gerais.

O AgroFuture Summit é um dos maiores eventos do país com foco em inovação e tecnologia para o agronegócio. Trará grandes nomes da área de inovação do Brasil e do mundo para apresentar debates, cases e experiências do setor do agro. O evento será em formato 100% digital e gratuito e acontece de 6 a 8 de outubro.

Nos últimos anos, as questões ambientais, sociais e de governança (ESG) foram alçadas a um patamar estratégico. E, como o agro é a grande vitrine do Brasil, as propriedades, indústrias, o sistema produtivo e toda a cadeia de valor precisam ser revistos sob uma ótica mais ampla: uma jornada que ajude o negócio não só a criar e sustentar valores e princípios a longo prazo, mas também um modelo que o ajude a gerenciar melhor seus riscos e oportunidades.

Como a governança colaborativa se integra e fortalece os fatores ambientais, sociais e econômicos, passando a ser fundamental na estratégia do negócio? Este é um ponto fundamental na visão de Mauro Carrusca, que apresentará no evento um conteúdo prático, comportamental e motivacional para desafiar os gestores e profissionais do agro a agirem como protagonistas, entendendo que a adoção dos princípios ESG é cultural.

Inscreva-se. Participe do AgroFuture Summit!