colaboracao – KER Innovation https://keroinovar.com.br Wed, 28 Aug 2024 20:26:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.6.2 Bem vinda, IA. Agora o ser humano vai ser ainda mais relevante https://keroinovar.com.br/bem-vinda-ia/ Wed, 24 Jul 2024 15:13:39 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=4307 Vivenciamos hoje a fusão dos mundos físico, digital e biológico com tecnologias que estão impactando outras tecnologias e criando novos comportamentos e mudanças gigantescas, como as trazidas pela inteligência artificial. Mas, se a tecnologia é o principal vetor da transformação, são as pessoas que estão na essência das mudanças e quem as tornam realidade.

Entender o fluxo e o ritmo vertiginoso do cenário atual e estar disposto a experimentar novas ferramentas e estratégias são atitudes vitais para aproveitarmos o seu potencial. A tecnologia sempre passa por hypes e agora é a vez da IA. E, como já sabemos, surgem experts em todas as esquinas.

Mais do que nunca, informação, pensamento crítico e uso ético de tecnologias se fazem necessários para não ingressarmos, de forma desavisada, em uma maré esquizofrênica e determinista de que não sobrará pedra sobre pedra depois de uma onda tecnológica. Por isso, a análise criteriosa das aplicações e a identificação de estudos de caso de sucesso e de fracasso são antídotos poderosos para nos ajudar a lidar com hypes e separar o que é fogo e o que é fumaça.

Como humanizar a IA? Como reimaginar negócios, propostas de valor, produtos e serviços habilitados pela IA? Como desenvolver as capacidades críticas para esse novo ecossistema de negócios que ancora seu funcionamento na lA? Como desenvolver uma mentalidade aberta para as novas oportunidades? A palestra desafia as pessoas a usar o pensamento inovador, a colaboração e a visão de futuro como o fio condutor para a ação.

 

Crédito da imagem: Vlada Karpovich (Pexels)

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Mulher Engenheira em foco https://keroinovar.com.br/mulher-engenheira-em-foco/ Fri, 30 Jun 2023 14:32:55 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=3228 Mauro Carrusca foi o palestrante convidado pelo Crea Piauí para fazer encerrar a 1ª Conferência Regional da Mulher Engenheira. Com a palestra “Os desafios da engenharia no século XXI”, Carrusca faz reflexões e provocações aos profissionais e futuros(as) profissionais de engenharia sobre os desafios da sociedade que estão exigindo o redesenho da engenharia. A proposta é torná-la mais integrada, inovadora e colaborativa.

Direcionada aos profissionais e futuros profissionais de engenharia, com destaque para as mulheres – que estão conquistando cada vez mais espaço na área -, a palestra focou os desafios, inovações, impactos da revolução digital e o futuro da engenharia.

A primeira edição da Conferência Regional da Mulher Engenheira, promovida pelo Confea e Crea Piauí, reuniu profissionais e lideranças do setor e abordou temas relevantes para as mulheres engenheiras. Entre os destaques: “Os desafios das mulheres engenheiras no gerenciamento de obras civis”, “Os desafios da implantação da gestão ambiental em obras civis” e “A importância do profissional habilitado na área de saúde ambiental e sanitária no Piauí”.

Confira momentos do evento, que contou com a participação do presidente do Crea-PI, Raimundo Ulisses Ulisses Filho de Oliveira, Teresinha Aguiar, coordenadora do Programa Mulher, representantes do Crea Jovem e diversas autoridades do Crea.

#inovação #colaboracao #futuro #engenharia #digital #crea #confea #mutua

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O “terceiro homem” somos todos nós https://keroinovar.com.br/o-terceiro-homem-somos-todos-nos/ Tue, 11 Apr 2023 21:50:10 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=3194 A missão Apollo 11 é emblemática para mostrar que em uma equipe cada componente é fundamental. A coragem, a acurácia, o talento, a colaboração e a entrega de cada um, que aqui é entendido como o “terceiro homem”, é que fazem uma missão ser um sucesso (ou não).

Na KER, chamamos esse esforço de inovação colaborativa.

Por Márcia Vieira e Mauro Carrusca

10/04/2023

Resgate astronautas da Apollo 11 – Foto NASA

Pense em um aeroporto em pico de demanda sem controladores de voo. Imagine uma cirurgia longa e delicada sem anestesista, enfermeiros, instrumentistas. Visualize o restaurante mais requintado sem hostess, maitre, garçom, auxiliar de cozinha. Nenhuma dessas empreitadas funciona sem uma máquina de pessoas, cada uma devidamente preparada para desempenhar um papel, orquestrando um espetáculo para causar a melhor experiência em nós.

Em uma narrativa brilhante e visceral, o pianista Joe, do livro O pianista da estação, de Jean-Baptiste Andrea e Julia da Rosa Simões, lembra o papel do astronauta Michael Collins, que ficou conhecido como o “terceiro homem” da equipe da Apollo 11, que visitou a lua pela primeira vez, em 20 de julho de 1969.

Todo mundo se lembra do primeiro homem a pisar na lua: Neil Armstrong. Aprendemos isso na escola. Com alguma condescendência, lembramos do segundo homem: Edwin Aldrin. Mas o terceiro? Va lá… Em As 22 Leis Consagradas do Marketing, sucesso nos anos 1990, Al Ries e Jack Trout facilmente justificariam que o mundo é de quem chega primeiro. Será?

Da esquerda para a direita: Neil Armstrong, Michael Collins e Edwin Aldrin. (NASA / Comunicado/Getty Images)

O papel decisivo do terceiro homem

Era o terceiro homem que pilotava o módulo Columbia, orbitando a lua, no momento que seus companheiros davam a famosa caminhada em solo lunar, protagonizando o famoso “One small step for a man, one giant leap for mankind”. Era Collins que esperava atento dentro de um cone de metal lançado a 5.700 quilômetros por hora, o momento mais delicado da missão: resgatar os companheiros num ponto do espaço do tamanho de uma cabeça de alfinete.

O menor erro, um nervosismo, uma hesitação, um erro de cálculo e o Columbia poderia colidir no módulo lunar, ou perdê-lo. Se Collins falhasse, não teríamos a volta gloriosa da expedição à Terra. Sem dúvida, a história teria sido outra. Mas, sobrevoando a face oculta da lua, “durante 47 minutos, sem qualquer possibilidade de comunicação com o resto do mundo”, Michael Collins cumpriu com a máxima eficiência e precisão seu papel.

De acordo com a Nasa, cerca de 400 mil cientistas, entre engenheiros, projetistas e matemáticos, trabalharam, direta ou indiretamente, no projeto Apollo, refletindo o grande número de sistemas e subsistemas necessários para as missões. Pessoas de diferentes empresas e perfis colaborando para “alcançar milagres técnicos e superar batalhas burocráticas, contratempos e tragédias assustadoras”.

8 outras missões tripuladas e não tripuladas precederam a Apollo 11. Uma delas, a Apollo 1, inclusive resultou na morte de três astronautas em um incêndio causado por uma falha elétrica no interior da cápsula em que estavam. Dois outros astronautas também perderam suas vidas em acidentes ao longo do programa. (Leia a história completa aqui)

Inovação é sobre pessoas, gente de carne e osso!

Relembramos esta belíssima história para mostrar a importância da equipe e da colaboração, sobretudo em projetos de inovação. Como todos sabemos, as coisas só acontecem porque equipes trabalham arduamente. A coragem, a acurácia, o talento, a colaboração e a entrega de cada um é que fazem uma missão ser um sucesso (ou um fracasso com o qual se aprende).

Peter Drucker falava que “Gestão é sobre seres humanos. Sua tarefa é tornar as pessoas capazes de desempenho conjunto”. O mesmo se aplica à inovação. Inovação é sobre relações baseadas em confiança e transparência, é sobre aprendizado contínuo com os acertos, falhas e insucessos, é sobre superar barreiras, perseverar frente a dificuldades imensas e vencer batalhas. E isso não se faz sem empatia, paciência, criatividade, experimentação, estímulos, persistência… Recorrendo a Nietzsche:humano, demasiado humano.

Em times e squads, é comum um gestor ter de gerir pessoas sobre as quais não tem nenhuma autoridade formal. Por isso, mais do que nunca, soft skills são necessárias para despertar o que há de melhor nas pessoas, captar sua atenção, convencê-las, motivá-las e mantê-las no jogo. Na KER, chamamos esse esforço de inovação colaborativa, um jeito de unir mentes em torno de um propósito e usar a inclusão e a diversidade como alavancas para transformar a organização, o mercado, o planeta, o futuro.

O talento de diferentes músicos é que faz a beleza de uma orquestra.

Seja em um projeto de redução de custos, seja em um projeto de mandar o homem (ou a mulher) ao espaço, seja em equipes de 3 ou em equipes de 10 mil, nunca podemos perder de vista que estamos falando de pessoas, cada uma com a sua singularidade, seus sonhos, crenças, valores, timing. Numa equipe, todas desempenham um papel importante. O terceiro homem foi fundamental para dar suporte ao primeiro e ao segundo. E para dar suporte à missão, milhares colaboraram.

Por isso, equipes não podem ser um simples ajuntamento de pessoas.

É importante ter critério, metodologia e sensibilidade na sua formação. Levantamentos da HBR mostram que “10% concordam com a composição do seu time” (Diane Coutou- HBR, 2009) e “75% da equipe multifuncional é disfuncional” (Behnam Tabrizi, HBR, 2015). Mecanismos para conectar e engajar pessoas fazem toda a diferença. As ferramentas desenvolvidas pela KER Innovation e que compõem a metodologia para se chegar à inovação colaborativa levam em consideração essas e outras questões.

Quantos “terceiros homens”, embora com papeis críticos, ficam totalmente anônimos e invisíveis nos pequenos e grandes feitos nas empresas?

Para terminar

Para tocar a alma e o coração das pessoas, gestores precisam mais do que quadros de missão, visão e manuais de compliance. Se formos capazes de fazer as pessoas se apaixonarem pelo propósito e trabalharem juntas, elas poderão começar a pensar diferente, arriscar suas carreiras, arregaçar as mangas e implementar ideias que podem literalmente mudar o nome do jogo.

Afinal, num mundo de mudanças rápidas e incertezas, apenas grandes inovações serão capazes de criar riqueza.

Quer conhecer mais sobre inovação colaborativa e como implementá-la na sua empresa?

Marque um bate papo com nossa equipe. Teremos prazer em conversar com você.

Siga-nos e acesse aqui nossos conteúdos.

Em tempo: Como o ESG implica em uma mudança cultural, a inovação colaborativa é aplicável na conscientização e implantação de projetos ESG.

#inovacao #colaboracao #inovacaocolaborativa #pessoas #felicidade #desenvolvimentodepessoas #apollo11 #terceirohomem #missaoalua

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Reinventar é o nosso verbo https://keroinovar.com.br/rascunho-automatico/ Wed, 26 Jan 2022 22:20:42 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=3071 Estamos completando 29 anos e nosso pique para nos reinventar continua nas alturas. Aliás, reinventar é o nosso verbo, por excelência.

Novas parcerias e duas novas verticais: ESG e KER Academy chegam para incrementar nossa linha de fazer inovação de forma colaborativa.

Iniciamos nossa jornada com o propósito de ajudar organizações a pensar diferente. E não conseguiríamos chegar tão longe se não tivéssemos ajudado muitos executivos e organizações a seguir esse preceito: pensar e agir diferente todos os dias!

A Plataforma KER é a nossa grande âncora para fazer uma gestão da inovação que inclui, engaja e valoriza as pessoas. Nosso lema é justamente unir cérebros para reimaginar, reenquadrar, construir, transformar, validar e valorizar ideias, projetos e negócios.

Isso é o que nos mantém vivos, atualizados com os desafios do nosso tempo e com a energia de sempre para ajudar nossos clientes e parceiros a transformar negócios e criar novas experiências.

Uma série de posts enfocando temas como Reinvenção, Colaboração, Entusiasmo e Criatividade foi criada para destacar este marco tão importante para nós.

Conte com a KER para começar ou para continuar inovando.

Confira a campanha!

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Workplace híbrido e digital https://keroinovar.com.br/workplace-hibrido-e-digital/ Tue, 23 Nov 2021 21:19:05 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=3044 O workplace caminha para ser híbrido e cada vez mais digital. Mauro Carrusca será painelista no Digital WorkPlace Fórum 2021, que acontece nos dias 24 e 25 de novembro. Discutirá modelos de trabalho colaborativo, novas plataformas de conexão e interação e os desafios para o trabalho em um mundo cada vez mais digital.

A 3ª edição do Digital WorkPlace Fórum reunirá um conteúdo especialmente preparados para orientar os líderes de negócios, de gestão de pessoas, governança, tecnologia, comunicação, facilities, plataforma de trabalho, soluções de workforce, inovação, entre outros.

Refletir sobre o trabalho colaborativo é fundamental. No entusiasmo com o retorno do trabalho remoto, os líderes empresariais correm o risco de realmente aumentar a desconexão entre eles e seu pessoal. O retorno ao local de trabalho é uma chance de criar um modelo operacional novo, colaborativo, mais eficaz, que funcione para empresas e pessoas.

Pesquisas mostram que o colaborador prefere trocar de emprego ao ter que retornar ao modelo de trabalho anterior. Muitos estão sendo contratados independentemente da localização geográfica para onde se mudaram na pandemia.

O desafio das empresas é estimular o senso de pertencimento, de colaboração, preservar valores da companhia, estimular a inovação e criar um ambiente inclusivo.

Participarão do painel Guilherme Almeida de Menezes, consultor em Engenharia de Software do CESAR, Maucir Nascimento, cofundador da Speedio, Mauro Carrusca, CEO & Fundador da KER Innovation e Adriano Marcandali, diretor regional LATAM Workplace from Meta (Facebook)

O evento será online. Conheça a agenda.

Informações e Inscrições.

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Inovar não é trivial https://keroinovar.com.br/inovar-nao-e-trivial/ Thu, 20 Aug 2020 18:35:07 +0000 https://keroinovar.com.br/?p=1065 Mauro Carrusca    

30/09/2015

“O cemitério está cheio de boas ideias!”

Esta é uma expressão que sempre uso em minhas palestras, conferências e aulas. Por quê?

Para entender isso, veremos que a inovação está ligada ao insight, ao ambiente, à criatividade, a um propósito, à colaboração e articulação e à aceitação do fracasso.

O Insight

O famoso insight ou inspiração aparece diferentemente para cada pessoa. Para uns, na leitura de um texto interessante. Para outros, numa frase ouvida ou simplesmente numa desconexão, quando na prática de seu esporte favorito. Conta-se que quando Einstein ficava frustrado durante os estudos do projeto de relatividade geral, ela pegava seu violino e tocava Mozart até conseguir se reconectar com aquilo que ele chamava de harmonia das esferas.  

Ao aparecer um insight, em geral sentimos aquela comichão, uma sensação de urgência para colocar a ideia em prática imediatamente. Seja para aplicar uma sacada que pode valer um salto na carreira (na correção de um erro, melhoria em um processo, a criação de um produto ou serviço) ou mesmo empreender na criação de um negócio milionário. Isso, com certeza, já aconteceu com você.

Ambiente inovador

Para Isaacson, autor do livro Os inovadores, a inovação ocorre quando sementes maduras caem em solo fértil. O ar que respiramos dentro do ambiente de trabalho pode conspirar contra ou a favor da criatividade. Em outras palavras, ter um ambiente não somente físico, mas envolto de pessoas colaborativas e empreendedoras, com desejo de fazer diferente, influi positivamente no processo de inovação.

Um ambiente refratário ao novo está diretamente relacionado ao baixo índice de inovação. Faz com que muitas excelentes ideias nem mesmo cheguem a ser compartilhadas com chefes, companheiros de trabalho ou amigos. São simplesmente esquecidas e raramente levadas a cabo. Perdem a importância frente às demandas, prioridades e urgências do dia a dia.

Esse ambiente é caracterizado pela incapacidade de as empresas lidarem com projetos discrepantes de seu core, pela falta de orçamento, de pessoal, de lideranças inovadoras, com metas demais e tempo de menos. Para aprofundar no assunto, recomendo a leitura do post “Quer inovar? Acabe com o departamento de inovação” (role a barra) onde discutimos o equívoco de se tratar a inovação como um setor ou departamento.

Criatividade – sozinha, ela não é suficiente

Definitivamente, a era do gênio solitário acabou. A história tem mostrado que avanços não têm apenas uma causa, mas são resultado da sinergia entre capacidades, ideias e necessidades que coincidiram em vários lugares. De fato, essas “coincidências” não são raras. Ocorreram com o desenvolvimento computacional, quando pesquisadores em diferentes lugares do mundo, usando tecnologias diferenciadas, criaram sistemas semelhantes ou complementares e o mesmo aconteceu no desenvolvimento de estudos que originaram a teoria da relatividade.

A maior parte das grandes inovações da era digital nasceu de um efeito combinado da criatividade de indivíduos com equipes que souberam como implementar as ideias deles. Em geral, as boas ideias, quando compartilhadas, são trabalhadas, recompostas, recombinadas. Esse processo de refinamento acaba por testar a eficiência da ideia e torná-la melhor. Esse é um dos grandes diferenciais usados por startups na criação de aplicativos para smartphones, os populares app’s.

Uma ideia é apenas o ponto de partida na jornada da inovação. Levar adiante uma ideia no labirinto de refinamentos e aprovações, até a ideia se transformar em um projeto, ser desenvolvido, testado e, se for o caso, chegar ao mercado, requer habilidade de gerenciamento, uma boa estratégia e muito jogo de cintura. O valor de uma inovação está diretamente ligado ao esforço de seu desenvolvimento.

Concretizar uma ideia requer articulação, organização, orçamento, venda interna e externa da ideia, entre outros. Uma frase atribuída a Thomas Edison ficou popular nos manuais de gestão no século passado e até hoje é repetida à exaustão: “talento é 1% de inspiração e 99% de transpiração.” Essa frase faz todo o sentido para o processo de desenvolvimento da inovação.

Propósito – a morte da “caixa de sugestões”

É preciso estar claro para as pessoas quais são os objetivos estratégicos da organização, para qual direção o mercado está seguindo e qual a proposta de valor que a empresa quer efetivamente entregar ao cliente. As ideias não precisam e nem devem ser convergentes, mas é importante se atentar para o que de fato é relevante e sinalizar o que pode melhorado, dando às pessoas instrumentos flexíveis e colaborativos para proporem ideias e potenciais soluções.

Um ambiente inovador conspira para as pessoas se envolverem e quererem inovar. Mas não há lógica em um bando de pessoas cheias de ideias, cada uma andando em uma direção, muitas vezes desenvolvendo projetos similares e sem nenhuma conexão com os objetivos estratégicos da organização.

Aliás, foi-se o tempo das antiquadas e estáticas caixas de sugestões. Essas caixas foram (e ainda são) usadas para que as pessoas colocassem ideias visando melhorias, mas sem nenhum direcionamento. Como o processo não inclui um foco nas sugestões e uma governança colaborativa acaba por criar descrédito e frustração, pois surgem milhares de ideias que sequer são analisadas, não há feedback para os autores e tampouco implementação.

Existem inovações de diversas naturezas. As inovações incrementais podem ser importantes para melhorar produtos, ampliar mercados, otimizar processos, reduzir custos, entre outros. Por outro lado, muitas empresas estão se dando conta de que precisam competir em diferentes fronts. Todos os dias surgem startups propondo novas maneiras – via de regra mais simples e avançadas – de fazer as coisas. As atividades que fazem parte do seu core devem ser mantidas – embora tenham que ser questionadas de tempos em tempos – mas os gestores devem encorajar e fomentar inovações radicais, que possam confrontar ameaças de parceiros, concorrentes e de produtos ou serviços substitutos.

Exemplo? O UBER usou os avanços do digital e, através de um aplicativo para smartphone, lançou um modelo de negócio que conecta pessoas que precisam se deslocar com motoristas particulares que podem realizar esta tarefa. Tudo isso, com regras claras para ambos. E isso trouxe benefícios para a sociedade: criação de milhares de postos de trabalho, melhoria da qualidade do serviço ao cliente e da mobilidade urbana. O que aconteceu? Presenciamos o aparecimento de um negócio disruptivo, que colocou o negócio táxi em xeque e pegou governos literalmente com as calças nas mãos, pois não havia nenhuma convenção ou lei preparada para este tipo de serviço. A uberização, neologismo para definir modelos de negócios inovadores e disruptivos, vem hoje amedrontando negócios existentes e porque não também os governos.

A importância da colaboração e da articulação

Entender o que significa colaboração passa a ser a chave na constituição de ambientes inovadores. Temos consciência que as pessoas são únicas, tendo comportamentos diferentes frente ao mesmo problema ou desafio. Entre as diversas explicações para isso, podemos citar o comportamento do cérebro – dividido em hemisfério direito (mais emocional) e esquerdo (mais racional e analítico) – e a personalidade, muitas vezes influenciada pelo meio onde o indivíduo vive ou foi criado.

O processo colaborativo, que vai depender também de uma comunicação eficaz, inicia-se na integração das pessoas com foco no desenvolvimento ou mesmo na solução de problemas. A formação de grupos com pessoas vindas de outras realidades (inclusive externas à organização – inovação aberta ou open innovation) possibilita a criação de grupos multidisciplinares, reunindo saberes e complexidades que podem tornar as ideias originais muito mais poderosas. Hoje, com a evolução tecnológica, ficou mais fácil juntar forças com universidades, parceiros, fornecedores e clientes não só para articular projetos inovadores, mas também na busca por soluções para problemas comuns. A inovação aberta propicia que culturas e comportamentos diferentes enriqueçam a discussão, inserindo elementos novos que podem ser decisivos para transformar dificuldades em grandes oportunidades. Um exemplo de colaboração e inovação aberta, já utilizado há bastante tempo, são as plataformas de software livre.

Dentro das organizações, é necessário criar condições para a união de cérebros entre unidades de negócios, setores e áreas para que se produzam inovações que melhorem ou até mesmo revolucionem a empresa.

Mas, isso definitivamente não é possível sem a horizontalização da gestão ou, pelo menos, sem a diminuição do abismo entre a operação e o board, que impede a flexibilidade e a praticidade, desde a ideação até a execução de projetos.

Este desafio é objeto de um profundo estudo realizado por nós que originou a Plataforma KER, um modelo de gestão que propõe a criação de uma cultura da inovação (ambiente inovador) através da inclusão e colaboração.

O fracasso – ele pode e vai inevitavelmente acontecer

Um dos mitos do processo de inovação é achar que todas as ideias podem dar certo e isso é um engano. Quando perguntado se falhou 10 mil vezes no desenvolvimento da lâmpada, Thomas Edison respondeu: “I haven’t failed. I just found 10,000 ways that won’t work.” (“Eu não fracassei. Só descobri 10 mil maneiras que não darão certo.”) 

Em minha opinião, não existem ideias ruins. Todas as ideias são boas e relevantes. Existem casos em que uma ideia dita “ruim” provoca insights e com novas combinações pode transformar-se numa grande solução ou até mesmo num grande negócio.

Para terminar, embora à primeira vista inovação pareça ser consequência certa da aquisição de bons profissionais e de recursos tecnológicos, não se engane: inovar não é coisa trivial. Não existem fórmulas mágicas. Inovação no mundo dos negócios significa “mais dinheiro no caixa”, mas nunca devemos perder de vista o objetivo de melhorar a experiência do cliente (interno ou externo), pois isso será o fator primordial para o sucesso de uma nova ideia e da própria empresa.

O entendimento e uso dos aspectos citados somados a um trabalho dedicado e focado implicará não somente na geração de inovações pontuais, mas na criação de uma cultura da inovação.

Aqui você receberá nossos artigos e convites para eventos.

Tags: Inovação, colaboração, criatividade, pensamento inovador, inovação incremental, inovação radical, ambiente inovador, plataforma KER, caixa de sugestões, tecnologia

Especialista em Inovação, Design Thinking e Empreendedorismo pelo Babson Executive and Enterprise Education  nos Estados Unidos. CEO da Carrusca Innovation.  Atuou na IBM BRASIL e IBM EUA. É diretor de BPM & ECM da SUCESU MINAS, consultor da Fundação Getúlio Vargas, do SEBRAE e Professor do IBMEC.

É o Idealizador do Plataforma KER, um novo modelo de Gestão  com foco na criação de uma cultura da inovação através de uma abordagem inclusiva e colaborativa. Modelo certificado como propriedade intelectual pelo Ministério da  Cultura.

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