A governança corporativa deve ser repensada, ressignificada e ampliada para responder aos desafios impostos pela agenda ESG
Por Mauro Carrusca
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Na matemática, umas das maneiras de demonstração de um teorema é a “demonstração indireta por redução ao absurdo”, que consiste em demonstrar, usando as regras de inferência e as regras de equivalência, que a falsidade da afirmação produziria um absurdo.
Relembro essa regra para mostrar que às vezes é mais fácil entender um conceito mostrando o que NÃO faz parte do conceito em questão.
Para entender o conceito ESG é fundamental compreender que não se trata de abraçar árvores, não é assistencialismo ou filantropia, não é caro e complicado e, principalmente, não pode ser um “faz de conta” (ESG washing), pois isso é um grande risco para o negócio, para a sociedade e para o planeta.
ESG é algo maior e tem a ver até com a reconexão com o propósito da empresa, com seu modelo de negócio e proposta de valor no contexto atual.
Neste artigo, mostro a importância de repensar os princípios da gestão e da governança corporativa para que ela represente o pilar “G”, do acrônimo ESG.
A revolução digital mudou consideravelmente a nossa maneira de viver, trabalhar, relacionar e ver o mundo. O comportamento das pessoas, seja na situação de líderes, gestores, colaboradores, consumidores ou cidadãos – empoderados pela tecnologia -, está exigindo um novo entendimento, assim como posturas, relações e ações concretas por parte das organizações.
Tudo mudou, não dá mais para usar modelos antigos. Portanto, o conceito de governança também precisa ser repensado, reenquadrado e, sem dúvida, ampliado para refletir uma maior transparência das organizações. Precisamos de uma governança que dialogue com uma gestão mais horizontal e que ajude a promover justiça social, equidade, diversidade e inclusão, que abranja a agenda ESG de forma transversal.
Nesse movimento, é preciso também repensar a cultura organizacional, pois ela deve ser realinhada para uma cultura da inovação que abrace também essas práticas. Pois, cultura é o que garante a consistência. Não é sobre o que fazemos, mas sobre o que deixamos de fazer.
Clique neste link para ler na íntegra o artigo publicado na edição especial de 40 anos da Revista Inforuso
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